fib <- function(n) {
if (n <= 1) {
return(n)
} else {
return(fib(n-1) + fib(n-2))
}
}Velocidade de Processamento: R vs Julia vs Python
Para quem lida com grandes volumes de dados ou cálculos complexos, conhecer a velocidade de execução das linguagens é fundamental. Neste post, comparamos R, Julia e Python por meio de uma função de Fibonacci, mostrando como a escolha da linguagem pode fazer diferença no tempo de processamento e na produtividade.
Introdução
Em uma linguagem interpretada, o código é processado linha a linha por um interpretador, o que facilita a execução de testes rápidos, execução de trechos isolados e depuração (mas reduz a velocidade em operações intensivas). Já em linguagens com compilação Just-In-Time (JIT), o interpretador compila trechos do código em linguagem de máquina durante a execução, em vez de interpretar linha a linha o tempo todo, permitindo um desempenho próximo a linguagens compiladas (especialmente em loops e cálculos intensivos). E quando se procura uma linguagem de programação para análise de dados ou computação científica, a velocidade de processamento pode influenciar bastante a escolha. Neste post, comparamos três linguagens populares — R, Julia e Python — analisando seu desempenho em uma tarefa computacionalmente intensiva.
Por que a velocidade difere?
Python: Linguagem interpretada e dinâmica, o que geralmente a torna mais lenta. No entanto, bibliotecas como
NumPyePandasusam implementações emCeFortran, permitindo um bom desempenho em operações numéricas.R: Também é interpretada e foi criada para atender ao público da estatística. Loops puros são lentos, mas funções vetorizadas e pacotes como
data.tableedplyroferecem bom desempenho.Julia: Projetada para alta performance, atinge velocidades próximas às de
CeFortransem depender de bibliotecas externas, graças à sua compilação JIT. Vale notar quePythoneRtambém podem alcançar desempenho semelhante usando ferramentas que compilam partes do código emC, comoCython(uma extensão para Python) eRcpp(um pacote para R).
Exemplo Prático: Cálculo de Fibonacci
Para evidenciar a diferença de desempenho bruto entre as três linguagens, implementamos uma função recursiva de Fibonacci (propositalmente ineficiente), com o objetivo de testar a velocidade de processamento. Os resultados apresentados foram obtidos em um MacBook equipado com Apple M3 Pro e 18 GB de RAM.
R
start <- Sys.time()
result <- fib(30)
end <- Sys.time()
print(paste("Resultado:", result))[1] "Resultado: 832040"
print(paste("Tempo R:", end - start))[1] "Tempo R: 0.522500038146973"
start <- Sys.time()
result <- fib(40)
end <- Sys.time()
print(paste("Resultado:", result))[1] "Resultado: 102334155"
print(paste("Tempo R:", end - start))[1] "Tempo R: 1.0203111688296"
Julia
function fib(n)
if n <= 1
return n
else
return fib(n-1) + fib(n-2)
end
endfib (generic function with 1 method)
start_time = time();
result = fib(30);
end_time = time();
println("Resultado: $result")Resultado: 832040
println("Tempo Julia: $(end_time - start_time) segundos")Tempo Julia: 0.06513118743896484 segundos
start_time = time();
result = fib(40);
end_time = time();
println("Resultado: $result")Resultado: 102334155
println("Tempo Julia: $(end_time - start_time) segundos")Tempo Julia: 0.5383601188659668 segundos
Python
import time
def fib(n):
if n <= 1:
return n
else:
return fib(n-1) + fib(n-2)start = time.time()
result = fib(30)
end = time.time()
print(f"Resultado: {result}")Resultado: 832040
print(f"Tempo Python: {end - start:.4f} segundos")Tempo Python: 0.0827 segundos
start = time.time()
result = fib(40)
end = time.time()
print(f"Resultado: {result}")Resultado: 102334155
print(f"Tempo Python: {end - start:.4f} segundos")Tempo Python: 9.9229 segundos
Resultados Esperados
Os tempos de execução podem variar de execução para execução e dependendo do computador sendo utilizado. Para padronizar um pouco os resultados, utilizando a consiguração padrão do Colab e realizamos os testes para fib(40) os valores encontrados foram:
Julia: 1,45 segundos.
Python: 23,13 segundos.
R: 159,51 segundos.
Conclusão
Os testes com a função recursiva de Fibonacci ilustram claramente as diferenças de desempenho entre as linguagens. Embora Julia se destaque em cálculos computacionalmente intensivos devido à sua compilação JIT, a escolha da linguagem deve levar em conta também o ecossistema, a familiaridade do usuário e o tipo de análise a ser realizada.
Python oferece equilíbrio entre desempenho e facilidade de uso, enquanto R continua sendo a opção ideal para análises estatísticas específicas, com sintaxe concisa e pacotes robustos, apesar de mais lento em cálculos brutos.
Ferramentas de IA foram utilizadas para correção ortográfica e aprimoramento do texto.